No Brasil, um caldeirão de misturas define não apenas raças, mas também sua comida.
A comida típica brasileira é uma combinação de muitas heranças culturais diferentes que se misturaram e criaram uma cozinha única e muito interessante. Originalmente, a comida do Brasil foi criada pelos indígenas, que deram ao País a maioria das principais origens da sua culinária.
Quando os portugueses colonizaram o Brasil, sua gastronomia se juntou com os tradicionais pratos indígenas. Depois, durante os tempos da escravatura, os africanos trouxeram para o Brasil a sua gastronomia, juntando-a com combinação da cozinha portuguesa com a indígena. No entanto, estas culinárias não se fundiram imediatamente, na maioria dos casos elas apenas coexistiram.
Em seguida, muitos outros imigrantes também chegaram: libaneses, alemães, italianos, japoneses, espanhóis e muitos mais, também adicionando os seus pratos na gastronomia do Brasil. Deste modo, a atual gastronomia do Brasil é o resultado de uma combinação de culturas e de pratos de diferentes origens.
A culinária brasileira utiliza muito peixe, carne, frutas tropicais, arroz, feijão e mandioca, entre outros. Estes ingredientes principais podem ser encontrados na maioria das regiões do país, embora os pratos mais populares de uma região frequentemente não sejam os mesmos que em outros locais da mesma região.
Uma opção simples e geralmente barata, que também é aconselhável para vegetarianos, é a comida a quilo ou comida por quilo (literalmente “alimentos pelo valor do quilo”), em restaurantes com buffet onde a comida é paga por peso. Outro estilo comum são os restaurantes “tudo o que você puder comer”, onde os clientes pagam um preço fixo. Em ambos os tipos (conhecidos coletivamente como “self-service”), os clientes normalmente montam os pratos de sua escolha entre as opções de um variado buffet.
O rodízio é um estilo de serviço no qual um preço fixo é pago e garçons circulam com alimentos. Isso é comum em churrascarias e pizzarias, resultando em um “coma tudo o que você puder” de carne de churrasco e pizzas de variados sabores quando, geralmente, uma fatia do alimento é servida no momento.
O restaurante comum, onde há um preço específico para cada refeição, é chamado de “restaurante à la carte”.
O brasileiro tem na comida uma grande parte de sua cultura e identidade, e o churrasco é parte delas. As churrascarias, no Brasil, lotam todos os dias e “assar uma carninha” em casa para a família ou amigos não depende da estação do ano: é um programa bem-vindo nos 365 dias, faça chuva ou faça sol. O churrasco é, ao lado da feijoada, uma comida típica do Brasil.
A história do homem com a carne vem desde os primórdios da humanidade, no tempo das cavernas, onde a caça era vital para a sobrevivência. O sabor da carne era atrativo e o preparo, simples. Enfim, evoluímos e, no Brasil, o churrasco se tornou marca registrada da tradição.
Quem visita o Brasil, em qualquer região ou cidade, sempre inclui em seu pacote turístico uma paradinha obrigatória em uma churrascaria rodízio, para conhecer e experimentar o incomparável e legítimo sabor do churrasco brasileiro.
Verde: quero mais. Vermelho: estou satisfeito!
A forma de servir o churrasco que vemos hoje nas churrascarias, o rodízio, com o sistema “coma quanto quiser, pague um preço fixo”, faz muito sucesso tanto com brasileiros quanto com estrangeiros.
Funciona assim: o restaurante cobra um valor fixo por cada pessoa (as bebidas são pagas à parte) e você pode comer à vontade (quantas vezes quiser) todo tipo de carne: frango, cordeiro, linguiça, carnes bovinas e suínas. Entretanto, nem tudo no churrasco se resume às carnes mais conhecidas. No Brasil, algumas churrascarias já apresentam em seu cardápio sugestões inusitadas, com carnes exóticas que têm boa aceitação de um público mais exigente e ávido por novidades, como carne de javali, jacaré, rã, codorna, coelho e avestruz.
No sistema de rodízio, os garçons chegam à mesa com fartos espetos e apresentam peças dos variados tipos de carne para que se escolha o desejado e um pedaço é fatiado ali mesmo (de acordo com sua preferência, em fatias mais finas ou mais grossas), no seu prato, no ponto preferido (mal passada, bem passada ou ao ponto). Enquanto você come, o sistema de “placas de mesa” – que podem ser sinalizadores de papel, madeira, metal etc., de acordo com a criatividade da churrascaria – vai indicando, através das cores, a sua vontade: placa verde, que diz “Sim, por favor”, o que significa que os garçons estão liberados para passar em sua mesa, ininterruptamente, oferecendo todos os tipos de carnes, até que você vire a placa verde e apresente a placa vermelha, que diz: “Não, obrigado”, indicando que você está satisfeito. Aliado a tudo isso, as churrascarias oferecem também um Buffet de saladas, e algumas vão mais além, acrescentando pratos quentes, especialidades japonesas como sushi, peixes, queijos, frios, além de acompanhamentos como batata frita, pão de queijo, pastés.
O Brasil, além de ter a qualidade de seu café reconhecida mundialmente, também produz um dos cafés mais exóticos e exclusivos do mundo
Ele é, há décadas, o mais elogiado de todos. São muitas as maneiras de preparar um saboroso café: com coador de pano, na cafeteira elétrica e, mais recentemente, com as máquinas domésticas de expresso, que usam cápsulas de café moído em porções específicas. Se ele é feito em casa ou tomado em cafeterias, bares ou padarias, o consenso geral é um só: café é ótimo. Se for brasileiro, pela sua qualidade indiscutível, melhor ainda!
O café faz parte de muitas culturas de uma forma singular, com um consumo estimado em meio trilhão de copos/ano espalhado pelo planeta. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial há mais de 100 anos e suas plantações ocupam 27 mil km2 do País. Segundo dados estatísticos de produção, fornecidos pela International Coffee Organization, com sede em Londres, os maiores produtores depois do Brasil são: Vietnã (sim, depois do arroz, o café é a estrela vietnamita!), Colômbia, Indonésia, Etiópia, Índia, Honduras, México, Uganda e Guatemala.
A safra brasileira de café em 2016 deverá superar 53 milhões de sacas – é o que estima a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A entidade projeta que o consumo, só no Brasil, poderá subir para 21,3 milhões de sacas, o que corresponde a 173 bilhões de xícaras! Porém, o volume de café torrado e moído exportado vem diminuindo, devido a uma lei brasileira que impede a importação de café verde de outros países.
Enquanto isso, a companhia britânica Costa Coffee investiu, em 2015, perto de R$200 milhões na construção de uma nova planta de torrefação em Basildon (Essex), para dar vazão à operação de sua outra torrefadora, em Lambeth (no sul de Londres), fundada há mais de 30 anos. Com as duas em funcionamento, a Costa Coffee chegará à impressionante marca de 56 mil toneladas/ano de grãos torrados.
Mas os grãos de café não são utilizados somente na preparação da bebida. A cafeína também faz parte de bebidas de cola, produtos farmacêuticos e até cosméticos! Novas pesquisas da área médica apontam que o consumo diário (de 3 a 4 xícaras ao dia) contribui na prevenção de doenças como a diabetes do adulto, o câncer de cólon, fígado e mama, doença de Parkinson, entre outras.
CAFÉS EXÓTICOS
O café brasileiro possui uma derivação curiosa: o Jacu Bird Coffee, com grãos comidos e expelidos pelo jacu, uma ave nativa da Mata Atlântica. O custo do Jacu Bird Coffee é alto, quase 20 vezes mais do que o grão tradicional, embora sequer se aproxime de outros dois cafés exóticos, também produzidos por processos digestivos animais, o Kopi Luwak, da Indonésia, e o Black Ivory, da Tailândia, ambos com preços que ultrapassam os R$ 3.000 por quilo.